quinta-feira, 13 de outubro de 2011



Eu acabei de sair de uma desilusão amorosa daquelas de ficar de pijama sujo, se achando feia, preguiçosa e burra. De alugar Woody Allen pra sentir que alguém é parceiro das minhas neuroses. De quase me afogar em filmes românticos. De alugar filme americano burro para conseguir dormir pesado. De achar que um dia de Sol é uma afronta. De tirar de ouvido as notas tristes de uma música e depois cantarolar em sinfonias de “ais” doídos acompanhados de choros acústicos. De achar que uma janela, separada do chão por uma certa altura, tem seu sentido.”
      


(Tati Bernardi)


“Depois de tantos amores estranhos, pequenos, errados e tortos, finalmente eu tinha reconhecido no seu olhar centralizado e no seu sorriso espalhado, o meu príncipe.” 

(Tati Bernardi)



Impressionante como a gente sofre por nada. Um cheiro que mexe com você, um jeito de olhar contido, uma ideia inteligente, várias na verdade. Não, não é nada disso, a gente sofre é pela impossibilidade.
(Tati Bernardi)


“Meu coração é um João Bobo que sempre levanta pra apanhar mais.”
      

(Tati Bernardi)


“Virava pra lá e pra cá na cama. Estava impaciente. Até me sentei no escuro. Pensei: Não era uma posição o que eu procurava. Era você…”

 (Caio Fernando Abreu)


“Se não for pra ser bom, gostoso, romântico, carinhoso, divertido, presente, construtivo. Enfim, se não for pra ser amor, nem me dê bom dia.”

  

(Tati Bernardi)


“Sinto falta de abraço e beijo na boca e mão na mão de namorado. Choro às vezes e durmo pesado.”

    

 (Caio Fernando Abreu)


”Mas de verdade eu só queria que alguém falasse para mim: ei, você é bonita, para de se expor tanto, pode ficar quietinha, pode fechar o decote, pode parar com esse riso nervoso, tô reparando em você, você é bonita. Traumas de adolescência são uma merda.”



 (Tati Bernardi)

“E a gente promete nunca mais telefonar para quem nos faz sofrer, mas acaba telefonando, e ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa tudo de novo, aquele ata-e-desata, o coração da gente sendo puxado para fora.”
 
(Tati Bernardi)


“Eram tão raros os nossos momentos, você dizia, que eram para ser sempre bons. E de fato sempre eram.”
(Tati Bernardi)


“Eu tenho saudades de tudo. Da gente acordar sua vizinha de tanto rir de coisas bestas, do seu carro sempre bagunçado, da paciência que você tinha com meus quase quinze anos a menos, da mania que você tinha de arrumar minhas roupas em cima da cama enquanto eu tomava banho e de quando você apertava os ossinhos das minhas costas no escuro e falava, baixinho: “ai, como essa menina gosta de fazer drama!”. 
Não é um sentimento egoísta e muito menos possessivo. É apenas uma saudadezinha. Gostosa, tranquila, bonita, saudável, de longe. E, quem diria: leve.”


(Tati Bernardi)

“Então o que? Nem eu sei. Mas sei da minha enxaqueca que já dura uma semana. Latejando sem parar. O coração que subiu nos ouvidos. Gritando que sente falta e pronto.”

(Tati Bernardi)


"Acendi um incenso.
No rádio, Chico canta Vai passar.
Sim, vai passar. Passa. Passará."

(Caio F. Abreu)